Origem das armas do THor Ragnarok

Thor é um dos personagens mais icônicos do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), trazendo consigo uma rica herança da mitologia nórdica combinada com a ação e os efeitos visuais épicos característicos da Marvel. Filho de Odin e herdeiro de Asgard, Thor é conhecido por seu poder divino, sua bravura nas batalhas e, claro, pelas armas lendárias que carrega, especialmente o Mjolnir, seu famoso martelo encantado. Desde sua primeira aparição, Thor tem sido uma figura central na construção do MCU, conectando eventos cósmicos e mitológicos com as histórias dos heróis na Terra.

Em Thor: Ragnarok, terceiro filme solo do personagem, vemos uma transformação significativa em seu arco. O filme equilibra um tom mais leve e cômico com momentos dramáticos que redefinem o destino de Asgard e do próprio Thor. Nesse contexto, as armas de Thor desempenham um papel fundamental na narrativa, simbolizando tanto sua força quanto sua vulnerabilidade.

Neste artigo, vamos explorar as origens das principais armas de Thor apresentadas em Thor: Ragnarok. Desde a destruição do icônico Mjolnir até a introdução do poderoso Stormbreaker, passando por outros artefatos que aparecem ao longo da trama, discutiremos como essas armas influenciam o desenvolvimento do personagem e seu papel no MCU. Prepare-se para uma jornada pelo universo mitológico e cinematográfico de Thor e descubra as histórias por trás de suas armas lendárias!

Mjolnir: Criação e Lenda por Trás do Martelo

Mjolnir, o poderoso martelo de Thor, é uma das armas mais emblemáticas do universo Marvel, tanto nos quadrinhos quanto no MCU. Sua criação é envolta em mistérios e lendas que remetem à mitologia nórdica e aos próprios anais da história de Asgard. Forjado a partir do metal místico conhecido como Uru, Mjolnir foi criado pelos anões de Nidavellir, sob a encomenda de Odin, pai de Thor e rei de Asgard. O Uru confere ao martelo uma durabilidade e poder incomparáveis, tornando-o um dos artefatos mais poderosos do universo.

Além de sua resistência física, Mjolnir é imbuído de um encantamento feito pelo próprio Odin: “Aquele que empunhar este martelo, se for digno, possuirá o poder de Thor.” Esse feitiço faz com que apenas aqueles considerados dignos possam levantar o martelo, um símbolo do heroísmo e da pureza de espírito que Thor deve manter para merecer seu poder. O martelo, portanto, não é apenas uma arma de combate; ele representa a confiança de Odin em seu filho e o peso da responsabilidade que Thor carrega como protetor dos Nove Reinos.

Destruição de Mjolnir em Ragnarok

Em Thor: Ragnarok, a destruição do martelo marca um dos momentos mais chocantes e simbólicos da jornada de Thor. Durante o encontro com Hela, a Deusa da Morte e irmã perdida de Thor, o martelo é destruído de forma súbita e devastadora. Em uma cena que subverte todas as expectativas, Hela segura Mjolnir com uma mão e o despedaça como se fosse vidro, revelando o verdadeiro nível de seu poder e sua ameaça para Asgard.

Essa cena não só redefine a dinâmica de poder entre Thor e Hela, mas também serve como um ponto de virada na narrativa. A destruição de Mjolnir simboliza o fim da proteção que o martelo representava para Thor, forçando-o a confrontar sua vulnerabilidade e a descobrir que seu poder não depende apenas do artefato. A perda do martelo, então, transforma a jornada de Thor, levando-o a questionar sua identidade como herói e herdeiro de Asgard.

Por que Hela conseguiu destruir o Mjolnir

A resposta para essa questão está diretamente ligada à origem de Hela e sua conexão com Asgard e Odin, seu pai. Hela é apresentada como a primogênita de Odin, uma deusa que ajudou a construir o império de Asgard antes de ser banida e apagada da história oficial. Na mitologia do MCU, Hela era uma guerreira extremamente poderosa, que ajudou Odin a conquistar os Nove Reinos, mas foi considerada uma ameaça ao próprio reino por sua natureza ambiciosa e violenta. Sua ligação com Asgard e com a própria magia de Odin faz dela uma figura central em termos de poder e autoridade no contexto asgardiano.

O poder de Hela, portanto, vem de uma fonte semelhante àquela que criou Mjolnir. Sendo filha de Odin, ela compartilha da antiga magia asgardiana que foi usada para imbuir o martelo com seus poderes, incluindo o encantamento que permitia apenas aos “dignos” empunhá-lo. Assim, Hela não só entende a natureza mágica de Mjolnir, mas também possui uma força que rivaliza com o próprio Odin, capaz de superar o encantamento que ele colocou no martelo.

Embora Mjolnir seja incrivelmente poderoso, ele não é invulnerável. Ele foi forjado para ser uma arma quase indestrutível nas mãos de um deus como Thor, mas Hela demonstra ser um ser que transcende a magia convencional asgardiana. Na cena em que ela agarra Mjolnir em pleno ar e o esmaga, fica claro que sua força é superior à dos oponentes. Hela é uma força primordial, uma ameaça que representa o passado violento de Asgard, algo que Mjolnir e sua magia não foram preparados para enfrentar.

A destruição do martelo também serve como uma maneira de mostrar a diferença de poder entre Hela e Thor naquele momento. Enquanto Thor ainda depende do Mjolnir como fonte de sua força, Hela demonstra um domínio de poder que vai além dos artefatos, algo que Thor só entenderá mais tarde na história. A cena é um lembrete de que Hela é não apenas mais forte fisicamente, mas também mais experiente e conhecedora dos segredos de Asgard.

Em resumo, Hela consegue destruir Mjolnir por ser um ser intimamente ligado à origem do poder asgardiano, com uma força que ultrapassa a magia que criou o martelo. Seu status como filha de Odin, sua compreensão da natureza de Mjolnir e seu poder superior fazem dela um desafio único no MCU.

A Perda de Mjolnir e Crescimento de Thor em Ragnarok

A perda de Mjolnir representa um momento crucial para o crescimento pessoal de Thor em Ragnarok. Até então, ele via o martelo como uma extensão de sua própria identidade e um símbolo de seu poder. Sem ele, Thor precisa encontrar um novo propósito e redescobrir suas próprias forças. O conselho de Odin, em uma visão posterior, é fundamental nesse processo. Odin lembra a Thor que ele não é o “Deus dos Martelos”, mas sim o “Deus do Trovão”, destacando que o poder estava nele o tempo todo.

Desta forma Thor evolui de um guerreiro dependente para um líder mais completo e independente. Ele começa a entender que seu verdadeiro poder vai além da posse de Mjolnir, descobrindo novas capacidades e a habilidade de controlar os raios e o trovão de maneira mais direta. Essa transformação é essencial para que Thor enfrente Hela e aceite seu papel na destruição de Asgard, que, por fim, leva à criação de uma nova esperança para seu povo.

A destruição de Mjolnir, então, não é apenas uma perda física, mas um catalisador para o renascimento de Thor como um herói mais maduro e consciente de seu próprio potencial. Thor: Ragnarok usa essa mudança para redefinir o personagem e preparar o terreno para seu papel nos eventos que se seguem no MCU, especialmente em Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato.

A Origem do Rompe-Tormentas (Stormbreaker)

Após a destruição de Mjolnir em Thor: Ragnarok, Thor se encontra sem seu icônico martelo e, em muitos sentidos, sem a sua identidade. Mas é em Vingadores: Guerra Infinita que surge a necessidade de uma nova arma, poderosa o suficiente para enfrentar a ameaça de Thanos e reequilibrar o poder que ele perdeu. Essa nova arma, chamada de Rompe-Tormentas (Stormbreaker), é apresentada como a esperança de Thor para se tornar um guerreiro ainda mais forte e capaz de enfrentar o Titã Louco.

A ideia de criar uma nova arma surge em um momento de desespero e necessidade. Após seu encontro com Thanos e a devastação de seus companheiros, Thor busca uma ferramenta que possa canalizar seu poder ao máximo, ao mesmo tempo que ofereça uma vantagem estratégica na batalha iminente. Diferente de Mjolnir, que foi um presente e um símbolo de sua dignidade, Rompe-Tormentas é forjado em um momento de urgência, como uma arma de guerra definitiva.

Construção em Nidavellir: O Papel de Eitri e os Anões na Forja do Rompe-Tormentas

A jornada de Thor em busca de Rompe-Tormentas o leva a Nidavellir, uma antiga forja estelar onde as armas mais poderosas do universo foram criadas, incluindo o próprio Mjolnir. Em Nidavellir, Thor encontra Eitri, o rei dos anões e mestre ferreiro. Eitri explica que, após a criação da Manopla do Infinito para Thanos, os anões de Nidavellir foram dizimados, restando apenas ele.

Juntos, Thor, Rocket e Groot trabalham com Eitri para reativar a forja estelar e criar o Rompe-Tormentas. Usando os últimos restos de energia de uma estrela moribunda, Eitri molda a cabeça da nova arma, enquanto Groot sacrifica parte de seu braço para formar o cabo. Esse processo de construção é repleto de desafios e simbolismo, mostrando a determinação de Thor em se armar novamente e a importância do trabalho em equipe para alcançar seu objetivo.

Rompe-Tormentas é forjado para ser uma arma ainda mais poderosa que Mjolnir, capaz de enfrentar qualquer inimigo, inclusive Thanos. O martelo é também descrito como um “quebrador de reis”, reforçando sua relevância em batalhas decisivas e seu papel como um instrumento de poder supremo.

Comparação do Mjolnir com o Stormbreaker

Rompe-Tormentas se distingue de Mjolnir em vários aspectos, não apenas em sua aparência, mas também em suas capacidades. Enquanto Mjolnir era um martelo mais compacto, Rompe-Tormentas tem a forma de um machado de batalha, com uma lâmina de um lado e uma ponta afiada do outro, proporcionando uma força de ataque ainda maior. Essa mudança não é apenas estética; ela simboliza a evolução de Thor de um príncipe que empunha um martelo de justiça para um guerreiro que brandirá uma arma devastadora.

Uma das principais vantagens do Rompe-Tormentas é sua capacidade de invocar o Bifrost, a ponte dimensional que permite viagens entre os Nove Reinos e além. Isso confere a Thor uma mobilidade estratégica que ele havia perdido após a destruição de Asgard e do Mjolnir. Além disso, Rompe-Tormentas é apresentado como uma arma mais poderosa em termos de força bruta, sendo capaz de perfurar diretamente a armadura de Thanos, mesmo quando ele possuía quase todas as Joias do Infinito.

No entanto, enquanto Mjolnir era profundamente ligado à magia de dignidade de Odin, Rompe-Tormentas não possui o mesmo encantamento. Ele é uma arma de poder bruto, focada em causar danos massivos e canalizar a força total de Thor, mas não traz a mesma ideia de valor e justiça que Mjolnir representava. Dessa forma, Rompe-Tormentas é um símbolo de uma nova fase para Thor—mais focada em sua força interior e determinação, do que em uma noção de merecimento e honra.

Essa evolução reflete o desenvolvimento de Thor no MCU, de um herói que se provava digno aos olhos de seu pai e de Asgard para um guerreiro que precisa lutar com todas as suas forças, mesmo quando tudo parece perdido. Rompe-Tormentas é, assim, não apenas uma substituição de Mjolnir, mas uma redefinição do que significa ser o Deus do Trovão.

A Origem da Espada de Hela: Necrosword

A Necrosword, embora nunca mencionada explicitamente pelo nome em Thor: Ragnarok, é uma arma visualmente impactante e intimamente ligada à personagem de Hela, a Deusa da Morte. No filme, Hela exibe a habilidade de conjurar lâminas afiadas de diversas formas, utilizando essa habilidade para criar uma arma mortal capaz de enfrentar qualquer oponente, incluindo o próprio Thor.

Nos quadrinhos da Marvel, a Necrosword tem uma origem mais detalhada e misteriosa. Ela é comumente associada ao personagem Knull, o deus dos simbiontes (uma raça alienígena parasítica que inclui Venom). A Necrosword, chamada de All-Black, é conhecida como a primeira espada simbiótica, forjada a partir da própria escuridão de Knull e do cadáver de um Celestial. Nos quadrinhos, ela confere ao seu portador a capacidade de manipular sombras e criar armas de pura escuridão, além de conceder um poder imenso para destruir até mesmo deuses.

As Armas Gladiadoras de Thor em Sakaar

Sakaar é um planeta caótico e cheio de contrastes, apresentado em Thor: Ragnarok como um refúgio para o que o universo considera descartável: seres, objetos e até realidades. Governado pelo excêntrico Grão-Mestre, Sakaar funciona como um grande depósito de lixo cósmico, onde qualquer coisa que caia em seus portais é aproveitada como recurso de entretenimento ou força de trabalho. Essa sociedade é centrada em uma arena de gladiadores, onde combatentes de diferentes mundos lutam por sua sobrevivência e pela diversão do Grão-Mestre e dos habitantes locais.

Para Thor, Sakaar é um local de transição e perda de controle. Depois de ser lançado para fora do Bifrost durante sua batalha com Hela, ele é capturado e forçado a lutar na arena de gladiadores do Grão-Mestre. Em um ambiente onde suas tradições asgardianas e sua antiga identidade como Deus do Trovão pouco significam, Thor precisa se adaptar a novas regras e dinâmicas para sobreviver. Sakaar se torna, assim, um campo de prova onde Thor é desafiado a encontrar novas formas de lutar e de entender quem ele é sem o Mjolnir.

Thor como Gladiador

Sem o Mjolnir, Thor é obrigado a se reinventar como um combatente. Na arena de Sakaar, ele utiliza armas mais convencionais e rústicas para sobreviver aos combates brutais. Entre as principais armas que Thor empunha como gladiador estão uma clava de metal pesada e um escudo. Essas armas são visivelmente diferentes de seu martelo, forçando Thor a adotar um estilo de luta mais pragmático e agressivo.

A clava, uma arma simples mas robusta, permite que Thor ainda use sua força bruta em combate, mesmo sem a magia de Mjolnir. Já o escudo, feito de metal reforçado, dá a ele uma defesa básica contra os ataques dos adversários, sendo especialmente útil na sua luta contra o Hulk, que é também um prisioneiro da arena. Durante essa batalha, Thor precisa equilibrar a força da clava com a proteção do escudo, em uma demonstração de sua habilidade de improvisar e se adaptar.

Mitologia Nórdica 

As armas de Thor em Thor: Ragnarok e em todo o MCU têm raízes profundas nas lendas da mitologia nórdica, embora sejam reinterpretadas e adaptadas para se ajustarem ao universo cinematográfico. Na mitologia original, o martelo Mjolnir é uma das armas mais icônicas e poderosas, forjado pelos anões e presenteado a Thor como símbolo de seu poder sobre os trovões e tempestades. Na cultura nórdica, Mjolnir representa a proteção divina, usado tanto para abençoar quanto para destruir, sendo essencial na defesa dos deuses de Asgard contra as ameaças dos gigantes e outras forças malignas.

No MCU, Mjolnir mantém algumas dessas características. Ele é um símbolo de poder e lealdade, com a famosa inscrição que estabelece que apenas os “dignos” podem levantá-lo, uma referência à pureza de coração e propósito que Thor precisa provar para merecer seu poder. O filme utiliza essa tradição ao subverter a relação de Thor com Mjolnir, apresentando sua destruição pelas mãos de Hela, um momento que desestabiliza o herói e o força a reavaliar sua força e identidade sem o martelo.

Já o Rompe-Tormentas (Stormbreaker), introduzido posteriormente no MCU, tem um paralelo mais sutil com a mitologia nórdica. Embora Stormbreaker não exista na mitologia clássica, a idéia de armas mágicas forjadas pelos anões está presente nas lendas, como o próprio Mjolnir. A tradição de criar armas extraordinárias em Nidavellir, com a ajuda de ferreiros lendários, é um aspecto que o filme respeita, trazendo Eitri como o último de sua raça e responsável pela criação de Stormbreaker. Isso mantém o tema de artefatos míticos e forjados em fogo e magia que é tão central à mitologia nórdica.

Considerações Finais

A perda de Mjolnir marca um ponto de inflexão importante em Ragnarok, forçando Thor a repensar sua identidade e descobrir que sua verdadeira força não está no martelo, mas em si mesmo. Esse momento de autoconhecimento é essencial para que ele possa enfrentar novos desafios, e a criação do Rompe-Tormentas posteriormente simboliza uma nova fase de poder e responsabilidade. Já em Sakaar, as armas que ele usa na arena mostram sua capacidade de adaptação e sobrevivência, sendo metáforas para a transformação que ele atravessa ao longo do filme.

No futuro do MCU, o papel das armas de Thor continua sendo significativo, pois elas representam o equilíbrio entre seu legado como herdeiro de Asgard e sua evolução como um dos protetores do universo. As lições que ele aprendeu ao perder e ganhar essas armas tornam-se fundamentais para suas próximas batalhas e desafios, ajudando-o a amadurecer como líder e guerreiro. Em última análise, as armas de Thor são mais do que objetos de poder; elas são partes integrantes de sua história, ajudando a definir quem ele é e quem ele ainda pode se tornar no vasto universo da Marvel.

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